A libra esterlina (GBP) é a moeda oficial do Reino Unido e uma das mais valorizadas do mundo, representada pelo símbolo £ e pelo código internacional GB, sendo utilizada países como: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
Seu valor oscila de acordo com fatores econômicos globais e políticas monetárias do Banco da Inglaterra (BoE). No Brasil, a libra esterlina possui duas cotações:
Comercial: usada em transações internacionais, investimentos e remessas financeiras.
Turismo: cotação aplicada na compra da moeda para viagens ao Reino Unido e outros destinos.
Para quem investe no exterior ou acompanha o mercado financeiro, a libra comercial é a mais importante, pois influencia aplicações como fundos cambiais, ETFs internacionais e contratos futuros.
A importância da taxa de câmbio
A taxa de câmbio reflete a relação entre oferta e demanda da libra esterlina no mercado, podendo ser influenciada por diversos fatores econômicos e políticos.
No caso, se o Reino Unido aumentar suas exportações sugere-se a maior entrada de divisas estrangeiras, o que fortalece o valor da libra. Ou seja, alguns fatores externos e internos impactam diretamente a cotação da moeda britânica:
Decisões do Banco da Inglaterra.
Política monetária global.
Inflação e crescimento econômico.
Fatores geopolíticos.
Se a moeda britânica aumentar de valor, produtos importados do Reino Unido ficam mais caros, como combustíveis, medicamentos, máquinas industriais, fertilizantes, automóveis e bebidas como whisky escocês.
Como analisar a tendência da libra
A valorização ou desvalorização da moeda é influenciada por diversos fatores macroeconômicos e comerciais. Para entender sua tendência no mercado, é essencial acompanhar cinco aspectos principais:
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Política Monetária do Reino Unido: decisões do Banco da Inglaterra (BoE) sobre taxas de juros impactam diretamente a libra.
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Fluxo de Capital Estrangeiro: se há um aumento de investimentos internacionais no Reino Unido, a demanda pela libra cresce, impulsionando sua cotação.
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Balança Comercial Britânica: quando o Reino Unido exporta mais do que importa (superávit comercial), há uma maior entrada de moeda estrangeira, o que pode fortalecer a libra.
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Risco-País e Cenário Político: incertezas políticas, crises fiscais e instabilidade no governo britânico podem afastar investidores e reduzir a confiança na moeda.
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Inflação Global e Crescimento Econômico: o aumento na inflação no Reino Unido pode levar a alta dos juros para conter os preços e fortalecer a libra.
Por que a libra é a moeda mais cara do mundo?
A libra esterlina é uma das moedas mais caras do mundo, e isso não é por acaso. O Reino Unido abriga um dos maiores centros financeiros, Londres, que atrai bilhões em investimentos internacionais.
Outro ponto importante é que o Reino Unido nunca abriu mão de sua independência monetária.
Enquanto muitos países europeus adotaram o euro, os britânicos preferiram manter a libra, permitindo que o Banco da Inglaterra tenha total controle sobre sua política econômica.
Libra X dólar
Quando falamos de moedas fortes, a libra esterlina e o dólar americano sempre entram na conversa. A libra tem história, exclusividade e uma valorização que a coloca entre as moedas mais caras do mundo.
Já o dólar americano, além de ser amplamente aceito, tem algo que a libra não tem: hegemonia global. Cerca de 60% das reservas cambiais dos bancos centrais estão em dólar, sendo a moeda mais usada em transações internacionais.
Além disso, commodities como petróleo, ouro e grãos são precificadas em dólar, o que reforça sua relevância no comércio global. Alguns dos principais motivos que fazem a libra se fortalecer são:
Aumento das taxas de juros no Reino Unido.
Confiança no mercado britânico.
Balança comercial favorável.
Instabilidade em outras economias.
Expectativas sobre decisões do Banco da Inglaterra.
Libra X euro
A relação entre a libra esterlina e o euro reflete não apenas o desempenho das economias do Reino Unido e da Zona do Euro, mas também aspectos estruturais e políticos que impactam o mercado cambial europeu.
Desde o Brexit, a paridade entre essas moedas passou a ser monitorada com ainda mais atenção por investidores que operam em ativos europeus.
As flutuações entre libra e euro são influenciadas pelas decisões do Banco da Inglaterra (BoE) e do Banco Central Europeu (BCE), além de fatores como inflação, crescimento econômico, política fiscal e estabilidade institucional em ambos os blocos.
A cotação entre essas moedas é amplamente utilizada como referência em operações financeiras, contratos comerciais e estratégias de hedge em mercados globais.
Libra X real
A relação entre a libra esterlina e o real brasileiro vai além da cotação diária e reflete diferenças estruturais entre duas economias de perfis distintos.
Em geral, a libra tende a se valorizar em cenários de aversão ao risco, enquanto o real sofre maior pressão cambial devido à sua natureza emergente e à maior sensibilidade a fluxos de capital estrangeiro.
A moeda britânica, por sua vez, é amplamente utilizada em reservas internacionais e transações globais, o que lhe confere maior liquidez e estabilidade. Já o real tem menor relevância nos mercados globais, o que impacta sua negociação.
A política monetária conduzida pelo Banco da Inglaterra segue uma lógica de estabilidade de preços e estímulo ao crescimento, enquanto o Brasil responde de forma mais direta às oscilações da taxa Selic e à exposição a commodities.
Essa comparação entre as moedas costuma ser relevante para investidores em câmbio, empresas com operações internacionais e brasileiros que planejam viagens, estudos ou negócios com o Reino Unido.
ETFs em libra esterlina
Os ETFs são fundos negociados em bolsa que replicam o desempenho de um índice, setor ou ativo. Para quem busca exposição à libra esterlina, algumas opções populares incluem:
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iShares MSCI United Kingdom ETF (EWU): um dos principais ETFs que acompanham o mercado britânico, investindo em empresas listadas na Bolsa de Londres.
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iShares UK Dividend UCITS ETF (IUKD): focado em empresas britânicas que pagam dividendos.
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FTSE 100 ETFs: existem diversos ETFs que replicam o índice FTSE 100, composto pelas 100 maiores empresas da Bolsa de Londres.
Fundos cambiais de libra esterlina
Os fundos cambiais são uma alternativa para quem quer investir diretamente na valorização da libra sem precisar comprar a moeda física. Esses fundos funcionam comprando ativos atrelados à libra, como contratos futuros ou depósitos em moeda estrangeira.
No Brasil, os fundos cambiais mais comuns são ligados ao dólar e ao euro, mas alguns bancos e corretoras podem oferecer fundos específicos para a libra esterlina.
Países onde a libra esterlina é a moeda oficial
A libra esterlina (GBP) é a moeda oficial do Reino Unido, sendo utilizada em toda a sua composição geopolítica: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.
Além disso, versões locais da libra circulam em territórios britânicos e dependências da Coroa, como Gibraltar, Ilhas Falkland, Ilha de Man, Jersey e Guernsey.
Essas variantes possuem paridade com a libra padrão e são válidas apenas nas respectivas regiões, embora todas estejam vinculadas ao sistema financeiro britânico.
Como investir em libras?
Existem diversas formas de investir em libras, dependendo do seu perfil e objetivos financeiros. Algumas das principais opções incluem:
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Conta em libra no exterior: abrir uma conta internacional permite guardar e movimentar dinheiro na moeda estrangeira.
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ETFs e Fundos Cambiais: investimentos que acompanham a variação do libra em relação ao real brasileiro.
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Ações de empresas estrangeiras: comprar ações de empresas listadas na bolsa americana.
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Contratos futuros e opções: alternativa para investidores que desejam especular sobre a cotação.
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Compra de libra física: indicado para quem pretende viajar ou se proteger de oscilações cambiais.