Vinci paga R$ 2 bilhões e compra operação do Outback no Brasil
Acordo tira matriz norte-americana do controle societário

🍞 O Outback no Brasil agora tem um novo dono, informou a Bloomin’ Brands, controladora da marca de restaurantes australianos. A Vinci Partners comprou uma fatia de 67% da companhia por meio de um fundo de private equity.
Além do Outback que tem mais de 170 lojas espalhadas pelo país, a gestora leva também 17 unidades do Abbracio e duas do Aussie. Segundo fontes próximos do negócio, a transação foi avaliada em R$ 2,06 bilhões.
Segundo informações do Valor, o acordo de compra e venda foi fechado na última quarta-feira, em Nova Iorque, com a presença de representantes dos dois lados. Os negociantes fizeram um brinde com uma caneca gelada do Outback para simbolizar o negócio que vinha sendo costurado há alguns meses.
🛴 Leia mais: Startup russa traz patinetes elétricos de volta à São Paulo
Depois de sucessivos meses de prejuízo, a matriz norte-americana resolveu se desfazer do controle societário da filial brasileira, ficando com apenas 33% do negócio.A Bloomin chegou ao Brasil ainda na década de 90, quando fez uma estratégia agressiva para abrir suas primeiras lojas no país.
“Temos um alinhamento com a Vinci sobre o futuro da companhia e continuamos comprometidos com a operação no Brasil, por isso permanecemos como acionistas”, disse Pierre Berestein, agora ex-CEO da operação brasileira, em entrevista à reportagem.
A Vinci, por sua vez, diz que não deseja mexer no atual quadro de gestão da empresa, focando em um comando baseado no modelo de tripé. A nova dona quer dobrar o número de lojas do Outback no país, mas tendo cuidado para garantir o abastecimento de cada item do cardápio.
Além da Vinci, estava na disputa também a Advent, que foi derrotada na reta final da negociação. Os bancos Itaú BBA e Bank Of America assessoram as partes no contrato.
M&A do setor
Este é só mais um dos muitos acordos fechados por empresas do varejo alimentício nos últimos meses no Brasil. Recentemente, a Zamp (controladora do Burger King) acertou a aquisição do Starbucks no país, depois da SouthRock perder os direitos de explorar a marca.
A aquisição foi avaliada em R$ 120 milhões, dinheiro que foi pago com uma emissão de novas ações no valor de R$ 3,42 cada. A empresa também acertou o controle do Subway, essa já aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).

Ações brasileiras: Qual empresa subiu quase 40% e quem evaporou 55% em abril? Veja os destaques do Ibovespa
Uma varejista surfou o mês embalada por troca em seu conselho de administração e uma companhia área tem perdido bastante valor de mercado

WEG (WEGE3) pode bater ROIC de 38% em 2025; saiba se analistas investem
Indicadores fundamentalistas favoráveis e cenário de dólar acima dos R$ 6 dão indícios para a ação que já disparou +45% em 20224

Ibovespa vai de foguete, mas quais são as ações mais descontadas da B3 ainda?
Setor que reúne as empresas brasileiras mais baratas da Bolsa está em liquidação de 34%; confira

Petroleira paga taxa equivalente a IPCA+ 9,50% ao ano em debêntures isentas
BTG Pactual vê oportunidade em renda fixa isenta de imposto emitida por empresa que acaba de se fundir na bolsa brasileira

Eneva (ENEV3) compra ações e debêntures do FI-Infra BDIV11 do BTG Pactual
Elétrica também promove reorganização societária envolvendo a BTG Pactual Holding Participações; entenda

Ações nos EUA que estão baratas após tarifas de Trump (e uma é brasileira)
Analistas de Wall Street estimam potencial de valorização de quase +40% nos próximos 12 meses em meio tarifaço que abriu pechinchas na bolsa

Prejuízo da AgroGalaxy (AGXY3) bate R$ 1,6 bilhão no 3T24 com recuperação judicial
Mesmo sem provisões e multas contra a empresa, a administração ainda considera que o prejuízo no trimestre seria de R$ 587,6 milhões

CDBs do Banco Master pagando quase 20% ao ano ficam como? Justiça barra compra pelo BRB
Banco Master, que costuma pagar juros compostos na renda fixa bem acima da média de mercado, negocia sua venda à estatal Banco de Brasília (BSLI4)