Vale (VALE3) tem que distribuir dividendos e fazer investimentos, diz Lula
Lula visitou as instalações da Vale no Pará, onde a empresa pretende investir R$ 70 bi até 2030.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (14) que a Vale (VALE3) deve distribuir dividendos aos seus acionistas, mas também fazer investimentos para crescer e gerar empregos.
🗣️ "É importante que a Vale leve em conta que tem que distribuir dividendos para os acionistas, mas tem que fazer investimentos para crescer, gerar empregos e gerar performance no mundo do minério, sobretudo agora com os tais minerais críticos", afirmou.
Lula visitou as instalações da Vale na região de Carajás (PA), onde a mineradora opera a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo, nesta sexta-feira (14). Foi a primeira vez em 13 anos que um presidente da República visitou a empresa. A última visita foi de Dilma Rousseff (PT).
"Se depender do governo, Vale será uma das maiores mineradoras do mundo"
🤝 Na ocasião, Lula também disse que a Vale pode contar com o governo federal para subir no ranking das maiores empresas de mineração do mundo.
"Se depender do governo, daquilo que a gente possa fazer, a Vale voltará a ocupar o primeiro lugar das empresas de mineração", afirmou.
Segundo ele, a Vale é a 14ª maior mineradora do mundo atualmente, mas deveria voltar ao topo desse ranking.
"Se temos comprador, se temos jazidas de minérios aos montes para tirar ferro, se temos tecnologia, não tem por que não estar em primeiro lugar", declarou.
Lembrando dos desastres de Mariana e Brumadinho (MG), no entanto, Lula disse esperar "que não haja o desmoronamento de uma pedra sequer" na atual gestão da Vale, "porque nem o povo, nem a Vale merece isso".
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Troca de acenos
Lula, por sinal, fez elogios ao novo presidente da Vale, Gustavo Pimenta.
Renovando as críticas às gestões passadas da mineradora, Lula lembrou que o acordo de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Mariana só saiu depois da posse de Pimenta.
Além disso, elogiou as conversas tidas com o executivo até o momento, sobre temas como os planos de investimento da Vale no Brasil.
"Eu acho, Pimenta, que a tua eleição na Vale é uma oportunidade extraordinária para que a gente restabeleça aquilo que jamais deveria ter acontecido: a separação entre os interesses da Vale, enquanto empresa estratégica para este país, e o estado brasileiro, que também tem um interesse estratégico para que a Vale cresça e para que os estados onde vocês exploram minério cresçam", afirmou.
💲 Ao discursar na cerimônia, o CEO da Vale também fez acenos ao governo. Pimenta confirmou a intenção da Vale de investir R$ 70 bilhões em Carajás nos próximos cinco anos, ressaltando que isso deve contribuir com a manutenção e a criação de mais de 130 mil empregos.
Além disso, disse que o projeto "tem potencial para posicionar o Brasil como líder global no fornecimento de minerais críticos, contribuindo diretamente para a redução da pegada de carbono global".
Pimenta ainda destacou a parceria com o governo federal na preservação da Floresta de Carajás.
"Carajás é um caso de sucesso de parceria entre público e privado, voltada para a proteção da floresta onde produzimos, com processos de mineração a seco e tecnologias inovadoras, cerca de 60% do minério que o Brasil exporta", afirmou.
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Novo Carajás
A Vale vai investir R$ 70 bilhões até 2030 para ampliar a produção de minério de ferro e cobre em Carajás, no Pará. O projeto, chamado de Novo Carajás, foi lançado nesta sexta-feira (14), ao lado de Lula.
O complexo de Carajás rende cerca de 150 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, mas a expectativa da Vale é chegar a um ritmo de 200 milhões de toneladas por ano em 2030, a partir da expansão da mina de Serra Sul e a reposição da exaustão das minas atuais.
O projeto ainda mira o beneficiamento de minerais críticos para a produção de aço verde (minério de ferro de alta qualidade) e de cobre, um metal crítico para transição energética. Por isso, a Vale também espera ampliar em 32% a produção local de cobre, para cerca de 350 mil toneladas por ano em 2030.
Em nota, a mineradora ressaltou que o investimento está em linha com o seu guidance.

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