Na contramão dos EUA, Argentina trabalha para retirar taxas internacionais
Compras de produtos do exterior tem crescido no país latino

Enquanto nos Estados Unidos se discute uma possível taxação de produtos oriundos do exterior, a Argentina vai no sentido contrário. Desde o fim do ano passado, o país vizinho derrubou o imposto geral de 7,5% sobre importações e também a taxa de 30% sobre compras feitas em cartão de crédito no exterior.
🛍️ Esse é um dos esforços do presidente Javier Milei na tentativa de promover uma abertura comercial nesta que é a segunda maior economia da América do Sul. Nos últimos meses, os argentinos também passaram a poder encomendar até US$ 3 mil em produtos do exterior, sendo que os primeiros US$ 400 são isentos de tarifas.
A novidade fez com que empresas estrangeiras passassem a olhar com mais atenção ao país. É o caso da Amazon, que já oferece frete grátis para diversos produtos vendidos em sua sucursal norte-americana.
A decisão do atual governo vai na contramão de outros diversos países que estão encarecendo as compras internacionais como forma de proteger a economia local. No ano passado, o governo brasileiro impôs diversas taxas para compras de produtos em sites estrangeiros -como Shein e Shopee- na tentativa de equiparar o pagamento de impostos que as varejistas locais devem pagar.
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Esse, inclusive, tem sido um alerta feito pelos especialistas para a Argentina que falam sobre um impacto na indústria doméstica com a chegada de produtos estrangeiros. O fato é que, cada vez mais, os argentinos estão vendo chegar produtos estrangeiros nas prateleiras dos supermercados.
Êxito
✈️ Se antes os brasileiros iam à Argentina para comprar produtos mais baratos, esse caminho mudou desde o ano passado. Agora, os argentinos vêm ao Brasil para economizar, considerando que o câmbio atual os favorece. E eles também vão ao Paraguai, Chile e até ao Uruguai.
Para se ter ideia, um Big Mac do McDonald 's é vendido por US$ 7,37 na Argentina, enquanto pode ser comprado por US$ 4,49 no Brasil. A diferença é ainda maior quando comparado aos produtos mais caros, como roupas de marca e os itens da linha Stanley também procurado pelos fãs do chá mate.
O governo destaca que os gastos dos argentinos no exterior estavam dentro das estimativas e que está tranquilo quanto a essa tendência. Na análise de Milei, os preços dentro do país devem cair nos próximos meses dada a concorrência mais aberta.
Brasil para férias
Um levantamento da plataforma Decolar mostra que o Brasil se tornou o principal destino internacional escolhido pelos argentinos para as férias de 2025. A procura pelas cidades brasileiras cresceu 140% entre 2023 e 2024, de acordo com o levantamento.
“O interesse crescente entre os argentinos para viajar ao Brasil é impulsionado pelo câmbio favorável, pela proximidade geográfica entre os países e pela ampla oferta turística, que torna o País economicamente mais atrativo para os turistas da Argentina", comentou Alex Todres, diretor-geral da Decolar, em entrevista à Abril.
A cidade do Rio de Janeiro é o foco da maioria dos turistas, com 40% das menções à pesquisa. Além dela, Florianópolis (SC), São Paulo (SP), Maceió (AL), Porto de Galinhas (BA) e Natal (RN) também estão na lista.

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