Israel retalia refinarias de petróleo do Irã, abrindo brechas para as petroleiras
Analistas do Goldman Sachs já enxergam a cotação do barril de petróleo saltando dos atuais US$ 74 para US$ 100

🛢️ Após décadas do governo iraniano financiando grupos terroristas contra o Estado de Israel, pelo terceiro dia consecutivo neste domingo (15), os israelenses retaliam o Irã com ataques aéreos que acabaram destruindo duas refinarias de petróleo, o que pode acelerar ainda mais a disparada dos preços da commodity no mercado internacional e beneficiar as ações de petroleiras.
Está evidente que a estratégia do exército israelense é sufocar a indústria energética iraniana, um dos poucos setores que ainda sustenta a economia do país, amplamente sancionado por potenciais ocidentais, em especial, os Estados Unidos, desde a Revolução de 1979.
O próprio exército de Israel publica em suas redes sociais alerta para que os iranianos evacuassem instalações energéticas e fábricas de armas, o que evidencia a possibilidade de novas ofensivas de ataques aéreos. O governo israelense admite que 14 pessoas já morreram no país desde a última sexta-feira, e que 390 ficaram feridas.
Até o momento, as retaliações israelenses contra o território iraniano já deixaram 406 mortos, além de 654 feridos, conforme dados do grupo de direitos humanos Human Right Activists, sediado na capital dos EUA. Já o governo iraniano não divulgou o número total de vítimas no conflito.
Oriente Médio em alerta
💣 A perspectiva de um novo acordo nuclear entre Irã e EUA sofreu um revés crítico desde a última sexta-feira (13), após o governo dos aiatolás anunciar a suspensão das negociações em resposta às retaliações israelenses, que já abateu membros da cúpula militar de Teerã.
O próprio presidente americano Donald Trump vetou nos últimos dias um plano de seus aliados israelenses para matar o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei.
Vale mencionar que o Estado de Israel é o único país no Oriente Médio em posse de armas nucleares, embora não declaradas oficialmente, cujo objetivo da ofensiva armada iniciada há três dias é atrasar ao máximo o programa nuclear iraniano que visa ter a sua própria bomba atômica, já que o país possui instalações de enriquecimento de urânio.
Explosões sacudiram a capital do Irã, Teerã, por volta do meio-dia e novamente por volta das 15h30 no horário local neste domingo. Sirenes soaram em grande parte de Israel por volta das 16h, alertando para o primeiro ataque iraniano durante o dia desde o início dos combates. Mais sirenes soaram por volta das 20h30.
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Petróleo em alta, mas e as petroleiras da B3?
Conforme já noticiamos aqui no Investidor10, à medida que o conflito armado aumenta no Oriente Médio, também crescem as chances da cotação de petróleo alcançarem patamares mais caros, o que pode mexer diretamente com o valuation das petroleiras listadas na B3, como, por exemplo, a Petrobras (PETR4).
O banco americano Goldman Sachs já projeta que, em caso de disrupções prolongadas na região — envolvendo principalmente o Estreito de Ormuz, por onde passam 20% da produção global — os preços podem facilmente superar os US$ 100 por barril.
O relatório da equipe de commodities do Goldman, assinado por Daan Struyven, aponta que, embora um bloqueio total da região ainda seja improvável, o mercado precifica com mais intensidade o risco de interrupções nas exportações.
Embora as ações da Petrobras tenham se valorizado quase +12% só nos últimos cinco dias, além de estarem prestes a distribuir dividendos de R$ 0,35 por ação, os analistas do BTG Pactual mantém preferência de investimento nos papéis da petroleira júnior Prio (PRIO3), cujo ganho de capital no mesmo período foi de apenas +3,5%.
🚀 No caso, o banco adota uma recomendação de compra para PRIO3, com preço teto de R$ 65 por ação, um potencial de valorização de +48% ante o valor de fechamento a R$ 43,49 por ação no último dia 13 de junho.
Analistas do BTG Pactual também estão otimistas com a tese de investimento em PETR4, estipulando o preço teto de R$ 44 por ação, o que entregaria o retorno de +35% ante o valor de fechamento a R$ 32,53 na sexta-feira.

PRIO3
PRIOR$ 33,76
-
71,73 %
0%
2,92
1,16

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