Greve na Petrobras (PETR4): Petroleiros convocam paralisação de 2 dias
FUP e FNP aprovaram "greve de advertência" para os dias 29 e 30 de maio.

Funcionários da Petrobras (PETR4) prometem entrar em greve nos próximos dias 29 e 30 de maio para cobrar a retomada das negociações com a estatal sobre temas como teletrabalho, segurança e remuneração variável.
⛽ A paralisação de advertência foi aprovada em assembleia conjunta realizada nessa quarta-feira (14) pela FUP (Federação Única dos Petroleiros) e pela FNP (Federação Nacional dos Petroleiros).
Segundo as entidades, o movimento deve começar às 7h do dia 29 de maio e seguir até às 19h de 30 de maio nas unidades do sistema Petrobras, como plataformas e refinarias.
A categoria já havia cruzado os braços no dia 26 de março. O movimento, contudo, não afetou a produção de petróleo e derivados, segundo a estatal.
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Negociações
Depois da primeira paralisação, a Petrobras chegou a costurar um acordo com os petroleiros sobre o teletrabalho. A companhia queria elevar de dois para três dias da semana o período de trabalho presencial a partir de 7 de abril. Contudo, concordou em estender esse prazo para 30 de maio.
À época, a FUP classificou o acordo como um "espaço adicional para continuidade das tratativas". Agora, no entanto, a entidade diz que as negociações não avançaram, sobretudo no que diz respeito à remuneração variável dos empregados e à política de cortes de custos implementada pela companhia.
💻 Na semana passada, a Petrobras indicou estar disposta a permitir "flexibilizações pontuais" no regime de teletrabalho para gestantes, pais de crianças de até dois anos e trabalhadores que moram a mais de 100 km do local de lotação.
Os petroleiros, no entanto, disseram que a proposta é "insuficiente", já que não aborda outras reivindicações da categoria, como a remuneração variável e a garantia da segurança dos trabalhadores.
O apelo por segurança aumentou depois que um incêndio atingiu uma plataforma na Bacia de Campos e deixou ao menos 14 feridos, em abril.
Controle de custos
A FUP disse ainda que a insatisfação da categoria aumentou depois que a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse nesta semana que a companhia precisará "apertar os cintos" e controlar os custos para lidar com a recente baixa do petróleo.
💲 As entidades consideram uma "incoerência" a estatal adotar esse discurso de austeridade depois de ter lucrado R$ 35,2 bilhões e aprovado R$ 11,72 bilhões em dividendos no primeiro trimestre de 2025.
Ao apresentar os resultados, Magd Chambriard argumentou que o controle de custos seria necessário para manter os bons resultados da empresa no atual cenário, de preços mais baixos do petróleo. Já o diretor financeiro da estatal, Fernando Melgarejo, disse que a queda do petróleo poderia afetar o pagamnto de dividendos extraordinários neste ano.
O que diz a Petrobras?
Em nota, a Petrobras disse que ainda não foi notificada oficialmente sobre a paralisação. Contudo, ressaltou que respeita o direito de manifestação dos trabalhadores e disse que vem se reunindo com as entidades sindicais para esclarecer a mudança no modelo de trabalho híbrido.
Segundo a estatal, o aumento dos dias de trabalho presencial visa "aprimorar a integração das equipes e os processos de gestão, contribuindo para a agilidade na entrega de resultados importantes para a companhia".
A companhia disse ainda que vem repondo seus efetivos de trabalhadores e vai contratar 1.780 novos empregados ao longo de 2025. Além disso, garantiu o cumprimento do acordo firmado com as entidades sindicais sobre a Participação nos Lucros e Resultados de 2024 e 2025.

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