Dólar bate R$ 6,27 e Ibovespa afunda para o menor nível em quase 6 meses
Dólar bateu novos recordes e o Ibovespa voltou aos 120 mil pontos, diante de risco fiscal e Fed.

O dólar bateu novos recordes e o Ibovespa recuou para o menor nível em quase seis meses nesta quarta-feira (18), com o mercado monitorando a tramitação do pacote fiscal no Congresso e o corte de juros nos Estados Unidos.
💵 O dólar disparou 2,78% e fechou a R$ 6,26 pela primeira vez na história. Na máxima do dia, no entanto, tocou no patamar também inédito dos R$ 6,27.
📉 Já o Ibovespa afundou 3,15%. Com isso, perdeu quase 4 mil pontos em uma única sessão e fechou aos 120.771 pontos. A última vez que o principal índice da B3 havia fechado no patamar dos 120 mil pontos foi em 20 de junho.
O nervosismo reflete a percepção de risco fiscal que tomou conta do mercado nas últimas semanas, diante das negociações em torno do corte de gastos públicos.
O pacote fiscal apresentado pelo governo começou a andar na Câmara dos Deputados nessa terça-feira (17), com a aprovação do texto-base do projeto que impõe travas para o crescimento das despesas do governo em casa de déficit. As emendas apresentadas pelos deputados devem ser votadas nesta quarta-feira (18), além dos outros dois textos do pacote fiscal: o que limita o crescimento real do salário mínimo e o que restringe o acesso ao abono salarial.
Analistas, no entanto, avaliam que essas medidas podem não ser suficientes para controlar o crescimento da dívida pública e garantir o cumprimento das metas fiscais. Além disso, temem que os projetos sejam desidratados no Congresso.
A decisão de política monetária nos Estados Unidos também pesou sobre os ativos brasileiros. Isso porque o Fed (Federal Reserve) reduziu os juros em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira (18), mas indicou que os cortes serão mais raros em 2025, devido ao aumento das expectativas de inflação dos Estados Unidos.
A perspectiva de uma redução gradual dos juros americanos é prejudicial para ativos emergentes como o do Brasil, já que tende a manter a atratividade dos títulos do Tesouro americano e, assim, fortalecer o dólar.
EUA
Nos Estados Unidos, as bolsas também caíram forte diante da indicação de menos cortes de juros em 2025. Veja o fechamento:
- Dow Jones: -2,58%;
- S&P 500: -2,95%;
- Nasdaq: -3,56%.
Quedas
O aumento da percepção de risco fiscal, do dólar e da curva de juros brasileira provocou quedas generalizadas na bolsa nesta quarta-feira (18). A CVC (CVCB3), por exemplo, tombou 17,11%.
A Automobob (AMOB3), que vinha subindo forte desde a sua estreia na bolsa, também não resistiu ao mau humor do mercado e acabou a sessão com uma perda de 30%.
Já a Petrobras (PETR4) recuou 2,58% e a Vale (VALE3) caiu 2,32%.
Veja outras baixas do dia:
- Cogna (COGN3): -9,17%:
- Hapvida (HAPV3): -7,02%;
- Bradesco (BBDC4): -4,17%;
Altas
Entre as poucas ações que subiram, destaque para a Oi (OIBR3). Os papeis ordinários da companhia saltaram 8% diante da aprovação da Anatel para a venda da Oi Fibra para a V.tal.
A Marfrig (MRFG3) também fechou no azul, com um ganho de 1,81%, um dia depois de o Uruguai confirmar a decisão que barrou a venda de três plantas da companhia para a Minerva (BEEF3). A Minerva, por sua vez, recuou 8,61%.
Veja outras altas do dia:
- MRV (MRVE3): 1,54%;
- Santos Brasil (STBP3): 0,54%;
- Banestes (BEES3): 0,12%.

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