BC vende US$ 2 bi e faz 1º intervenção no câmbio sob comando de Galípolo
Após os leilões, o dólar à vista registrou queda de 0,31%, negociado a R$ 6,0465 por volta das 10h59.

🚨 O Banco Central (BC) vendeu US$ 2 bilhões em leilões de linha com compromisso de recompra nesta segunda-feira (20).
Essa foi a primeira intervenção cambial sob a gestão de Gabriel Galípolo, novo presidente da instituição.
A operação ocorreu em meio a um cenário de volatilidade no mercado cambial e expectativas quanto às políticas da nova administração.
Os dois leilões realizados pela manhã somaram US$ 2 bilhões, com detalhes específicos em cada operação:
- Leilão A: Realizado entre 10h20 e 10h25, movimentou US$ 1 bilhão a uma taxa de corte de 5,851%. A recompra está prevista para 4 de novembro de 2025.
- Leilão B: Ocorreu das 10h40 às 10h45, também no valor de US$ 1 bilhão, com taxa de corte de 5,879%. A recompra será em 2 de dezembro de 2025.
Ambas as operações tomaram como base a taxa de câmbio Ptax das 10h, que marcava R$ 6,0781 por dólar.
Por que o BC realizou os leilões?
Embora o Banco Central não tenha divulgado as razões específicas para a intervenção, é comum que a autoridade monetária use leilões de linha para conter pressões de alta no dólar, especialmente em períodos de maior demanda por moeda estrangeira, como no final do ano.
Esses movimentos são esperados em contextos como remessas ao exterior e ajuste de balanços de empresas.
Além disso, dezembro historicamente registra maior volatilidade cambial, reforçada por fatores como incertezas fiscais e políticas econômicas.
No caso recente, o mercado ainda reage ao pacote de contenção de gastos e à proposta de reforma do Imposto de Renda anunciados pelo governo em novembro, que elevaram preocupações sobre o controle das contas públicas.
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O impacto no dólar e a reação do mercado
Após os leilões, o dólar à vista registrou queda de 0,31%, negociado a R$ 6,0465 por volta das 10h59.
Essa leve retração reflete uma tentativa do mercado de absorver a oferta adicional de dólares, amenizando a pressão sobre a moeda brasileira.
Porém, analistas destacam que, além das intervenções pontuais, o comportamento do câmbio continuará sendo influenciado por fatores estruturais, como as políticas fiscais e a trajetória dos juros no Brasil e no exterior.
O que esperar da gestão Galípolo no BC?
A chegada de Gabriel Galípolo ao comando do Banco Central trouxe questionamentos sobre como será sua abordagem em relação ao câmbio e às políticas monetárias.
📊 Este primeiro movimento sinaliza que a autarquia pode adotar uma postura proativa diante de oscilações abruptas, mas ainda há incertezas sobre o alinhamento entre o BC e o governo em relação a prioridades econômicas.

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