Arrecadação federal cresce em outubro, após quatro meses de queda
Arrecadação somou R$ 215,6 bilhões em outubro, o maior valor para o mês da série histórica

A arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais teve uma alta real de 0,1% em outubro. O resultado interrompe uma sequência de quatro meses consecutivos de queda do indicador, que é crucial para o cumprimento da meta de déficit zero do governo federal em 2024.
Segundo dados publicados nesta segunda-feira (27), a arrecadação federal somou R$ 215,6 bilhões em outubro de 2023. O resultado foi o melhor para o mês desde 2008, o início da série histórica da Receita Federal, e reflete a melhora do nível de atividade econômica, segundo o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias.
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"A arrecadação veio bastante positiva em todos os tributos, inclusive no Imposto de Renda. Creditamos isso ao ritmo de recuperação da atividade econômica nesse final de ano. Há uma expectativa de que o final de ano tenha uma recuperação mais acentuada da economia, não obstante alguns setores ainda apresentam um desempenho negativo. E a arrecadação responde a esses indicadores", afirmou Malaquias.
Queda no acumulado do ano
Com esse resultado, a arrecadação federal somou R$ 1,9 trilhão de janeiro a outubro de 2023. O resultado, contudo, ainda apresenta uma variação negativa em relação ao mesmo período de 2022. A queda real foi de 0,68%. Afinal, a arrecadação sofreu quedas consecutivas entre os meses de junho a setembro de 2023.
Segundo a Receita Federal, preços menores de commodities e o aumento das compensações tributárias por parte das empresas ajudam a explicar o recuo.
A arrecadação, contudo, é importante para o cumprimento das metas fiscais do governo, como a meta de déficit zero em 2024. Por isso, o Ministério da Fazenda procura formas de aumentar a arrecadação. Entre as apostas, estão os projetos de lei que regulamentam as apostas esportivas e taxam as offshores e os fundos fechados de investimento.

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