À espera do Copom, dólar opera em alta
Moeda norte-americana tem maior valor desde janeiro

Nesta quarta-feira (19), o Copom (Comitê de Política Monetária) deve decidir sobre a nova taxa de juros para os próximos 45 dias. Antes da decisão, os contratos de minidólar (WDON24), com vencimento para julho, fecharam a terça-feira (19) com viés de alta de 0,25%, aos 5.445 pontos.
Embora não seja a cotação oficial do dólar (USD), os contratos futuros dão indícios do comportamento da moeda norte-americana para as próximas horas ou dias. Neste caso, pode mostrar que a cotação pode avançar logo que a negociação começar.
Na abertura do mercado desta quarta, o dólar registrava alta 0,2% a R$ 5,44 para compra e venda. Essa é a maior cotação para a moeda estrangeira desde janeiro.
Na análise da XP, o Banco Central deve manter a taxa de juros no patamar atual de 10,5%, pelo menos até o final de 2025. Isso porque há fatores domésticos que têm desafiado o órgão monetário, como a perspectiva fiscal e a projeção de inflação mais alta nos próximos dois anos.
“Acreditamos que a moeda brasileira está atualmente subvalorizada e provavelmente deverá se apreciar até o final do ano, embora o nível atual seja uma preocupação para a condução da política monetária”, diz a corretora.
Movimento na América Latina
O dólar tem mostrado uma trajetória de alta não só em relação ao real brasileiro, mas também em comparação a outras moedas da América Latina. Isso porque, diferente dos Estados Unidos que optou por manter os juros no patamar atual, como México e Colômbia, alguns países começaram um ciclo de corte ou já terminaram, caso do Brasil e do Chile.
Na análise da equipe de macroeconomia da XP Investimentos, novos cortes de juros serão feitos com muita cautela, considerando que grande parte das moedas da região apresentam forte desvalorização no acumulado do ano. O analista Francisco Nobre pontua que muitos desses bancos centrais estão “desconfortáveis” com o movimento do dólar.
“Apesar da política monetária continuar em território contracionista, muitos bancos centrais já reduziram as taxas consideravelmente desde o ano passado. A atividade econômica provavelmente ganhará força em muitos países, à medida que as economias continuam a sentir os efeitos de condições monetárias mais frouxas e estímulos fiscais contínuos.”

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