15% dos jovens brasileiros não estudam, não trabalham e não buscam emprego
A geração "nem-nem" cresceu 35% em um ano e já conta com 5,4 milhões de jovens.

O Brasil tinha 5,4 milhões de jovens entre 14 e 24 anos que não estudam, não trabalham e nem procuram emprego ao final do primeiro trimestre deste ano. É a chamada geração "nem-nem".
📈De acordo com o Ministério do Trabalho, a geração nem-nem cresceu 35% em um ano. É que, no primeiro trimestre de 2023, eram aproximadamente 4 milhões de jovens nessa categoria. Com isso, os "nem-nem" já representam cerca de 15% dos jovens do país.
Entre esses jovens, 60% são mulheres, muitas com filhos pequenos. E 68% são negros.
Para a subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho, Paula Montagner, os números refletem a crise deflagrada pela pandemia de covid-19 e escancaram os desafios vividos por mulheres negras no mercado de trabalho.
"Ela é a pessoa que está cuidando da cada, dos irmãos menores ou dos filhos. Essa situação enclausura muitas dessas meninas", disse a subsecretária, no evento Empregabilidade Jovem Brasil 2024, do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola).
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Taxa de informalidade supera média
🧒 Segundo o Ministério do Trabalho, o Brasil tinha 34 milhões de jovens entre 14 e 24 anos no primeiro trimestre. Eles representam 17% da população brasileira.
Dentre esses jovens, de 41% já estão trabalhando. Veja o que eles fazem:
- 11,6 milhões só estudam;
- 14 milhões estão ocupados;
- 3,2 milhões estão desocupados;
- 5,4 milhões não estudam, não trabalham e não buscam emprego.
Ainda assim, a taxa de participação dos jovens no mercado de trabalho não retomou o nível pré-covid. Considerando os jovens ocupados e os desocupados, essa taxa é de 50,5%. Em 2019, estava em 52,7%.
Além disso, 45% dos jovens ocupados estavam em trabalhos informais. A taxa de informalidade dos jovens é maior que a de toda a população brasileira: 38,9%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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