🚨 As projeções econômicas no Brasil apontam para um cenário mais desafiador em 2025, com aumento das expectativas de inflação e taxa Selic, segundo o Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (2).
O levantamento, que compila as previsões de analistas do mercado financeiro, revelou ajustes importantes nas estimativas para variáveis-chave da economia, como juros, câmbio e PIB.
De acordo com o relatório, a mediana das expectativas para a Selic, atualmente em 11,25%, subiu para 12,63% ao final de 2025, um aumento em relação aos 12,25% previstos na semana anterior.
Para 2024, a taxa básica de juros foi mantida em 11,75% pela nona semana consecutiva, reforçando a cautela do mercado em relação à política monetária.
A inflação também foi revisada para cima. A expectativa para o IPCA em 2025 passou de 4,34% para 4,40%.
No entanto, para 2027, a estimativa teve leve recuo, de 3,51% para 3,50%, demonstrando que o mercado espera uma gradual desaceleração inflacionária no longo prazo.
A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024 foi elevada de 3,17% para 3,22%.
Contudo, as previsões para 2025 e anos subsequentes permanecem conservadoras, com crescimento esperado de 1,95% em 2025 e 2,0% até 2027, sem alterações significativas há várias semanas.
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No câmbio, as expectativas para o dólar em 2025 aumentaram de R$ 5,55 para R$ 5,60, refletindo uma visão de pressão sobre a moeda brasileira.
A mesma taxa foi projetada para 2026, enquanto para 2027 a expectativa permaneceu em R$ 5,50.
No campo fiscal, a projeção para o resultado primário em 2024 se manteve em -0,50% do PIB. Para 2025, a estimativa também foi estável, em -0,70%.
Já a dívida líquida do setor público subiu, com previsão de 67% do PIB para 2025, acima dos 66,83% estimados anteriormente.
📈 O aumento nas projeções de juros e inflação reflete o desafio de equilibrar crescimento econômico com controle inflacionário.
A manutenção de uma Selic elevada pode impactar investimentos e o custo de crédito, enquanto as expectativas fiscais mostram a importância de reformas para estabilizar a dívida pública no médio prazo.
A revisão do cenário reforça a importância de acompanhar as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), cuja última reunião do ano ocorrerá em breve.
Essas decisões terão impacto direto sobre as expectativas para 2024 e os desafios a serem enfrentados em 2025.
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