Petrobras (PETR4) pode ajudar a lidar com alta do petróleo, diz nº 2 de Haddad
Segundo Durigan, a política de preços da estatal seria uma "mitigação" importante no momento.
🛢️ A Petrobras (PETR4) obteve mais uma vitória nesta segunda-feira (19) em rumo ao seu plano de explorar as reservas de petróleo em águas profundas na Margem Equatorial, já que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) aprovou um documento importante.
No caso, o órgão ambiental deu prosseguimento ao conceito do Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF), apresentado pela estatal como parte do Plano de Emergência Individual (PEI) para a atividade de pesquisa marítima no Bloco FZA-M-59.
Segundo dados anteriormente divulgados pela própria Petrobras, a área de exploração do novo pré-sal localiza-se a mais de 160 quilômetros do ponto mais próximo da costa continental do Brasil, no estado do Amapá, e a mais de 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas, que divide Amapá e Pará, no extremo norte do país.
A aprovação da documentação entregue pela petroleira indica que o plano, em seus aspectos teóricos e metodológicos, atendeu aos requisitos técnicos exigidos e está apto para a próxima etapa: a realização de vistorias e simulações de resgate de animais da fauna oleada, que testarão, na prática, a capacidade de resposta em caso de acidentes com derramamento de óleo.
Todavia, o Ibama deixou claro em sua nota divulgada à imprensa que essa aprovação é apenas mais uma etapa no processo de licenciamento ambiental, não configurando a concessão de licença para o início da realização da perfuração exploratória pela Petrobras.
"A continuidade do processo de licenciamento dependerá da verificação, em campo, da viabilidade operacional do Plano de Emergência Individual", destaca a nota.
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De prático, os próximos passos que a Petrobras ainda terá de percorrer envolvem decidir em conjunto com o Ibama um cronograma para a realização de Avaliação Pré-Operacional (APO), etapa que verificará, por meio de vistorias e simulações, a efetividade do Plano de Emergência Individual proposto.
De acordo com a Petrobras, "durante a APO, serão avaliados pelo Ibama aspectos como a eficiência dos equipamentos, a agilidade na resposta, o cumprimento dos tempos de atendimento à fauna previstos e a comunicação com autoridades e partes interessadas".
"O exercício envolverá mais de 400 pessoas e contará com recursos logísticos como embarcações de grande porte, helicópteros e a própria sonda de perfuração NS-42, que será posicionada no local a ser perfurado", destacou.
A expectativa da Petrobras é "demonstrar sua capacidade de atuar com prontidão" na avaliação, para, assim, conseguir do Ibama a licença para perfuração de poços exploratórios na Margem Equatorial.
"Estamos satisfeitos em avançar para essa última etapa e em poder comprovar que estamos aptos a atuar de forma segura na costa do Amapá", afirmou, em nota, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
Segundo ela, a Petrobras "vem cumprindo de forma diligente todos os requisitos e procedimentos estabelecidos pelos órgãos reguladores, licenciadores e fiscalizadores" e pretende "instalar na área a maior estrutura de resposta à emergência já vista em águas profundas e ultraprofundas".
As ações preferenciais da companhia fecharam em ligeira queda de −0,12% nesta segunda-feira (19), negociadas por R$ 31,98 cada, apesar da leve alta de +0,11% nos preços do barril de petróleo tipo Brent, avaliado em US$ 65,48 cada, no mercado internacional.
📊 Segundo dados do Investidor10, se você tivesse investido R$ 1 mil em PETR4 há cinco anos, hoje você teria R$ 5.519,50, já considerando o reinvestimento dos dividendos. A simulação também aponta que o Ibovespa teria retornado R$ 1.730,60 nas mesmas condições.
Segundo Durigan, a política de preços da estatal seria uma "mitigação" importante no momento.
Conforme anunciado em 16 de abril, estatal pagará R$ 0,3718 por ação em dividendos.