Selic a 15% ao ano: Quanto rende o seu dinheiro em CDB, LCA, LCI, Tesouro Selic?
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A inflação oficial brasileira, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desacelerou para 0,26% em maio.
📉Este foi o menor resultado dos últimos quatro meses. Em abril, por exemplo, o IPCA havia avançado 0,43%.
O dado ainda ficou abaixo do esperado pelo mercado, que apostava em uma alta de 0,37% do IPCA em maio, segundo o Boletim Focus.
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o resultado reflete a desaceleração da inflação dos alimentos e uma redução dos preços dos transportes.
Os custos relacionados à habitação, no entanto, impediram uma desaceleração ainda maior do índice, já que a conta de luz ficou mais cara em maio.
Com isso, a inflação acumulada em 12 meses recuou de 5,53% em abril para 5,32% em maio.
O dado segue acima da meta perseguida pelo BC (Banco Central), que é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%.
Contudo, a desaceleração da inflação pode evitar uma nova alta da Selic na próxima semana.
🏦 O Copom se reúne na próxima terça (17) e quarta-feira (18) para discutir o rumo dos juros. E deve chegar ao encontro com "suas opções em aberto", segundo disse no sábado (7) o presidente do BC (Banco Central), Gabriel Galípolo.
Galípolo vem dizendo que o momento exige "flexibilidade e cautela" e já indicou que um novo aperto dos juros não está descartado.
Por isso, o mercado acredita que o Copom pode manter os juros nos atuais 14,75% ou elevar a Selic para 15%. A aposta pela manutenção dos juros, no entanto, ganha força diante da surpresa baixista com a inflação de maio.
A Ativa Investimentos, por exemplo, classificou o IPCA de maio como "acomodatício" e disse que o dado reforça a perspectiva de que a Selic não terá uma nova alta neste mês.
O economista André Perfeito também reiterou a aposta em uma Selic de 14,75%. Segundo ele, "que pese que a inflação ainda está num patamar elevado, também é evidente que a trajetória hoje está melhor".
🍽️A inflação do grupo de alimentação e bebidas desacelerou de 0,82% em abril para 0,17% em maio. E a alta foi ainda menor na alimentação no domicílio: 0,02%.
Segundo o IBGE, o resultado reflete preços menores do tomate (-13,52%), arroz (-4,00%), ovo de galinha (-3,98%) e frutas (-1,67%).
Batata-inglesa (10,34%), cebola (10,28%), café moído (4,59%) e carnes (0,97%), por outro lado, seguiram em alta.
⛽ Já o grupo dos transportes uma variação negativa de 0,37% da inflação em maio, devido a uma redução dos preços das passagens aéreas (-11,31%) e dos combustíveis (-0,72%). O diesel, por exemplo, ficou 1,30% mais barato em maio e a gasolina, -0,66%.
Com isso, foram os gastos com habitação que pressionaram o IPCA de maio. A inflação desse grupo subiu 1,19%, na esteira da alta de 3,62% dos custos com energia elétrica residencial, um reflexo da bandeira tarifária amarela, que vigorou na conta de luz do mês passado.
Veja a variação da inflação por grupos em maio:
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