Discurso Anual de Buffett na Berkshire Hathaway reflete ausência de Charlie Munger

🪦 O discurso anual de Warren Buffett aos acionistas da Berkshire Hathaway neste sábado (4) terá um tom diferente devido à ausência de seu parceiro de negócios de longa data, Charlie Munger, que faleceu em novembro passado aos 99 anos.

Munger era conhecido por seu sarcasmo e debates acalorados ao lado de Buffett, e sua falta será sentida no palco. Greg Abel, considerado o provável sucessor de Buffett como CEO, se juntará a Buffett junto com Ajit Jain, responsável pelo negócio de seguros da Berkshire.

A assembleia anual, apelidada de “Woodstock para Capitalistas”, atrai milhares de participantes de todo o mundo com suas diversas atividades, desde compras até um piquenique.

Alguns vêm pelo evento em si, outros na esperança de avistar celebridades como Tim Cook, da Apple, e o ator Bill Murray, que já marcaram presença. No entanto, a maioria dos participantes costumava ansiar pelas análises de investimento e perspectivas econômicas de Buffett e Munger.

Munger, que faleceu pouco antes de completar 100 anos, foi fundamental na transformação da Berkshire Hathaway. Ele e Buffett se conheceram na adolescência, mas sua parceria efetiva começou em 1978, quando Munger assumiu um papel chave na empresa.

Buffett, em suas cartas aos acionistas ao longo dos anos, sempre destacou a influência e importância de Munger em sua carreira e no sucesso da Berkshire, chamando-o de arquiteto por trás da equipe de construção.

“Charlie nunca quis crédito por seu papel como criador; em vez disso, deixou-me fazer as reverências e receber os elogios. De certa forma, seu relacionamento comigo era em parte um de irmão mais velho, em parte um de pai amoroso. …Embora eu esteja há muito tempo no comando da equipe de construção, Charlie deveria sempre receber o crédito de ser o arquiteto”, disse Buffett em carta aos acionistas em fevereiro deste ano.