Bitcoin (BTC) subirá mais após o recorde dos US$ 109 mil? Analistas destacam patamares
Maior criptomoeda do mundo segue impulsionada não apenas por entusiastas, mas também por empresas que colocam BTC em seus balanços
O Bitcoin (BTC) cai forte nesta semana e, com isso, vai devolvendo boa parte dos ganhos obtidos após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.
📉 A criptomoeda chegou a cair mais de 7% nesta sexta-feira (28). Às 9h47, por exemplo, recuava 7,08% e era negociado por US$ 80,2 mil, o menor valor desde 10 de novembro de 2024.
Com isso, o Bitcoin vai amargando um baque de quase 17% na semana. É o maior recuo semanal desde novembro de 2022, na esteira da quebra da bolsa de criptomoedas FTX.
O baque, no entanto, não limitou-se ao Bitcoin. Criptomoedas como Etherem (ETH), XRP (XRP) e Solana (SOL) também apresentam quedas de dois dígitos na semana. Por isso, o mercado de criptomoedas já perdeu quase meio trilhão de dólares nos últimos sete dias, segundo dados da plataforma Coingecko.
🌨️ O recuo generalizado das moedas digitais levantou temores de um novo "inverno cripto" e, de acordo com analistas, reflete sobretudo as incertezas trazidas pelo governo de Donald Trump.
O Bitcoin era negociado abaixo dos US$ 70 mil antes da eleição americana. Contudo, disparou depois do pleito, diante da promessa de Trump de melhorar o ambiente regulatório do setor e tornar os Estados Unidos a "capital mundial das criptomoedas". Com isso, atingiu o recorde de US$ 109 mil em 20 de janeiro, dia da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
Depois da posse, Trump até criou um grupo de trabalho para discutir a desregulação dos ativos digitais. Contudo, a avaliação do mercado é de que o novo governo americano ainda não apresentou medidas concretas para o setor. Para completar, outras medidas defendidas por Trump pesam contra o setor, como as tarifas comerciais.
💲 Segundo analistas, as tarifas comerciais devem elevar os preços no mercado americano, o que deve pressionar a inflação e os juros dos Estados Unidos. Juros altos, no entanto, aumentam a atratividade dos títulos americanos e, por isso, são negativos para ativos de maior risco, como as criptomoedas.
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Trump, contudo, decidiu elevar para 25% as tarifas cobradas sobre os produtos importados do México e do Canadá já a partir da próxima terça-feira (4). Além disso, anunciou uma taxa adicional de 10% sobre os produtos da China. O presidente americano ainda prometeu tarifas de 25% sobre os produtos da União Europeia e taxas recíprocas para todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos.
Outros fatores, no entanto, também pesam contra o setor de criptomoedas. Entre eles, a cautela do mercado com as ações de tecnologia, que se acentuou nesta semana depois do balanço da Nvidia (NVDC34). O ataque hacker sofrido na última sexta-feira (21) pela Bybit e o escândalo envolvendo a criptomoeda $LIBRA, que foi divulgada nas redes sociais pelo presidente da Argentina, Javier Milei, também pressionaram o setor nos últimos dias.
Como isso, o Bitcoin vai caindo mais de 25% desde o pico de US$ 109 mil observado em 20 de janeiro, dia da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
Maior criptomoeda do mundo segue impulsionada não apenas por entusiastas, mas também por empresas que colocam BTC em seus balanços
Maior liquidez e avanços regulatórios levaram a criptomoeda a um novo pico na madrugada desta quinta-feira (22).