S&P puxa a orelha da Azul (AZUL4) por risco elevado de calote
Entenda o porquê da companhia aérea brasileira correr o risco de não honrar os seus títulos de renda fixa
A Azul (AZUL4) pode entrar com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos na próxima semana, informou a Agência Bloomberg. A decisão estaria junto de um financiamento de US$ 600 milhões com os credores para auxiliar a companhia aérea durante o processo chamado de Chapter 11.
✈ Fontes disseram à agência de notícias que os planos ainda não são definitivos, mas que esse é um caminho para a reestruturação financeira da empresa. A companhia foi procurada pela imprensa para comentar a notícia, mas não respondeu até a publicação do texto.
A possibilidade de recorrer ao Chapter 11 começou a ser discutida no começo desta semana, como uma forma de estruturar seu capital sem deixar de honrar os compromissos. Se confirmado, a Azul se junta às suas concorrentes que passaram pelo mesmo processo nos EUA.
A Latam foi a primeira delas a recorrer à recuperação judicial deste modelo, no meio da pandemia, em 2020, deixando o processo dois anos depois. Já em 2024 foi a vez da Gol, que, na última segunda (19), informou que tem planos de deixar o Chapter 11 já no próximo mês de junho.
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A notícia de que a Azul vai recorrer à recuperação nos EUA trouxe ainda pior humor às ações da companhia que já passam por um período de baixa acentuada. No pregão desta quarta, os papéis acumulam baixa de quase 5%, cotados bem próximos de R$ 1.
Desde janeiro, a situação é ainda mais embaraçosa, já que o ticker recua 70% em relação aos R$ 4,70 atingidos no fim do primeiro mês do ano. Para quem apostou na empresa durante o seu IPO, em 2017, o prejuízo é ainda maior, de 95%, de acordo com informações da B3.
Entenda o porquê da companhia aérea brasileira correr o risco de não honrar os seus títulos de renda fixa
Azul e Gol, protagonistas dessa crise, estão no centro das discussões, mas o tratamento para cada uma delas será diferente.