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Historicamente, a Argentina tem um grande problema com o uso de dólares, que é a moeda usada pela população para guardar suas poupanças. Dada a desvalorização do peso, ter a moeda norte-americana “embaixo do colchão” parece a saída para muita gente que tem medo de perder seu poder de compra em um país que sofre com a segunda maior inflação da América do Sul.
💵 Muita gente recorria ao mercado ilegal para comprar dólares, já que o governo impunha diversas regras para aquisição deste dinheiro no mercado formal. Então, o desafio é fazer todo esse dinheiro voltar a circular e ainda ajudar na recuperação econômica do país.
Uma estimativa do governo local é que ao menos US$ 200 bilhões estejam guardados de forma irregular pela população. Por isso, nesta quinta-feira (22), o ministro da Economia Luis Caputo informou um plano de “reparação da poupança dos argentinos”.
Ele afirmou que a população poderá usar toda a sua economia não declarada sem passar pela fiscalização do governo. Para isso, as compras pessoais em diversos meios de pagamento deixarão de ser comunicadas à agência fiscal do país. O mesmo será replicado na compra e venda de imóveis, que deixarão de ser comunicadas ao governo.
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"Essas reformas representam uma mudança de paradigma no país: a partir de agora, os cidadãos não serão mais tratados como criminosos até que provem o contrário e a presunção de inocência prevalecerá, com total liberdade para decidir o destino de suas economias sem a perseguição de burocratas que se sentem parte de uma classe superior”, diz o gabinete presidencial.
Essa é só mais uma das diversas mudanças que o governo Milei tem feito na relação dos argentinos com o dólar. Recentemente, o governo mudou o controle cambiário, definindo um limite de flutuação para o câmbio.
Desta forma, o chamado dólar blue convergiu para o mesmo sentido da cotação oficial, quase zerando a diferença que já chegou a ser o dobro. Nesta quinta, cada dólar equivale a 1.140 pesos argentinos, enquanto cada real está cotado em 203 pesos, segundo dados oficiais.
🗣 Também nesta quinta, pouco antes do anúncio feito em Buenos Aires, o Fundo Monetário Internacional alertou que o governo argentino se comprometeu em fortalecer a transparência financeira e respeitar as regras internacionais de combate à lavagem de dinheiro. O órgão pontuou que todas as ações do governo devem ser respaldadas nesses compromissos.
"Sobre os anúncios relacionados a ativos não declarados, a única coisa que posso dizer por enquanto é que estamos acompanhando de perto a evolução do assunto", declarou Kristalina Georgieva, porta-voz do FMI em coletiva de imprensa realizada em Washington, nos EUA.
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